Como ajudar um parente com dificuldade para ouvir (surdez)?

Uma pesquisa realizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que cerca de 14% dos brasileiros sofrem com problemas auditivos. Dentre eles os que mais têm dificuldades de se adaptar ao aparelho são as pessoas idosas.

A perda auditiva traz vários desafios para os idosos na sociedade, tendo em vista que eles começam a ficar encabulados na hora de se reunir com os amigos, devido às dificuldades para entender o que está sendo dito e, também, por vezes, para ser compreendido. Sem contar na impossibilidade de realizar as atividades de sua rotina, como assistir TV, ouvir música, ir ao cinema, teatro etc.

Para evitar esses transtornos é fundamental que o idoso procure um fonoaudiólogo, para fazer a escolha do aparelho auditivo ideal para o seu problema. Com isso, ele conseguirá retomar sua rotina, sem muitas dificuldades.

Além de ter que se adaptar à perda de audição, a pessoa com deficiência auditiva, muitas vezes, passa por situações constrangedoras por causa da falta de bom senso de terceiros.

Apesar de todos saberem que essas atitudes, quase sempre, são feitas sem querer, as pessoas que sofrem com a perda auditiva sentem-se magoadas com esses infelizes episódios.

Devido a isso, é de suma importância atentar para todas as suas ações ao interagir com uma pessoa que tem deficiência auditiva, pois, com a sua ajuda, elas poderão se desenvolver melhor socialmente e, em consequência disso, melhorar a sua autoestima e qualidade de vida.

Para ajudar você, nós separamos 4 atitudes que devem ser evitadas para não magoar essas pessoas e, em seguida, mostramos qual é a melhor maneira de se comunicar com elas. Quer ficar por dentro de tudo isso? Então, venha conferir!

Ações que prejudicam as pessoas com deficiência auditiva?

A seguir, listamos as atitudes mais comuns que muitas pessoas costumam fazer, sem perceber, e que trazem transtornos emocionais para os que sofrem com a perda da audição. Acompanhe.

1. Falar muito rápido

Normalmente, as pessoas com deficiência auditiva têm grande facilidade para fazer uma leitura labial, mas para que a comunicação flua naturalmente, é importante você colaborar e evitar falar rápido demais.

Embora eles tenham essa facilidade de leitura, as palavras expressas precisam ser bem pronunciadas, pois muitas articulações são muito parecidas e isso pode comprometer o entendimento por parte de quem tem problemas auditivas.

Além disso, para piorar a situação, alguns acreditam que a pessoa com deficiência auditiva têm a obrigação de entender o que está sendo dito. Esse é um erro muito grande e que costuma magoá-los demais. Portanto, conscientize-se sobre os transtornos emocionais que esse tipo de pensamento proporciona e não volte a repeti-lo.

2. Falar ao mesmo tempo que outras pessoas

Embora a pessoa com deficiência auditiva já esteja bem-adaptada com o seu aparelho, falar ao mesmo tempo que outros colegas e amigos prejudica muito a percepção e entendimento daqueles que sofrem com a perda de audição.

Esse tipo de situação traz um grande desconforto, pois eles não conseguem acompanhar o que cada um está dizendo e, sem que você perceba, sentem-se isolados em meio ao grupo por não conseguirem se comunicar com os demais.

Quando isso acontecer, jamais reclame que a pessoa com deficiência auditiva não prestou atenção na conversa ou não se importou com o que você disse. Antes de julgá-la, pergunte se algo trouxe algum tipo de desconforto para ela.

3. Perguntar se a pessoa está usando aparelho auditivo

Essa é uma das cenas mais comuns e é a que mais incomoda as pessoas com deficiência auditiva, pois esse tipo de pergunta é considerada inconveniente, por trazer constrangimento e estresse para quem tem que responder.

Portanto, evite esse tipo de questionamento. Se você percebeu que a pessoa não ouviu direito o que você disse, tente repetir o que foi falado, sem a embaraçar. Embora a pessoa esteja usando o aparelho auditivo, pode acontecer de ela não entender o que os outros estão falando, isso é normal, e pode acontecer até com que não sofre com a perda de audição, certo?

4. Sair andando enquanto fala

Existe mais um erro comum que muitos cometem quando estão conversando com uma pessoa com deficiência auditiva: sair andando enquanto fala. Para elas, qualquer ruído pode atrapalhar a comunicação. Por exemplo, se você lava a louça durante o diálogo, o barulho dos pratos e copos batendo já é considerado um fator que compromete o entendimento.

Sendo assim, sair andando pelos cômodos da casa enquanto você fala, incomoda muito as pessoas com deficiência auditiva, pois, quando isso acontece, elas precisam ficar pedindo para você repetir o que disse.

Qual é a maneira correta de falar com eles?

Provavelmente, você deve ter se identificado com, pelo menos, uma das atitudes citadas no tópico anterior, certo? Mas não se preocupe, cometer esse tipo de erro é normal, o que você não pode fazer é não procurar evitar essas ações.

Para isso, é preciso estar atento a alguns comportamentos que contribuem para o bom relacionamento com as pessoas com deficiência auditiva. Veja alguns exemplos a seguir.

1. Falar devagar

Nesse momento, é fundamental falar devagar, mas de maneira natural. Portanto, ao conversar com uma pessoa que tem dificuldades para ouvir, não fale rápido, mas também não precisa separar as palavras por sílabas e nem articulá-las demais.

Caso contrário, você pode perder sua linha de raciocínio e esquecer o que precisava falar, trazendo uma situação muito desconfortável para ambas as partes. Portanto, lembre-se de que falar com calma já é o suficiente para a pessoa entender o que está sendo dito.

2. Falar de frente para a pessoa

Conforme mencionado, falar com a pessoa com deficiência auditiva andando de um lado para o outro não é uma boa prática. Sendo assim, sempre fale de frente para ela. Dessa forma, o ele poderá compreender corretamente cada palavra, evitando mal-entendidos desnecessários.

3. Atenção ao volume da voz

Evite, ao máximo, falar alto demais com as pessoas que têm deficiência auditiva. Embora não seja possível identificar de imediato o grau da perda de audição de cada um, é importante, de início, falar no seu tom de voz habitual. Caso seja necessário, a própria pessoa solicitará para que você aumente o seu tom de voz. Portanto, não se preocupe quanto a isso.

Além do mais, se a pessoa sofrer de perda de audição grave, de nada adiantará você falar muito alto, pois ela somente conseguirá entender o que foi dito por meio da leitura labial.

A pessoa com deficiência auditiva enfrenta muitos desafios no seu dia a dia, os quais afetam a sua vida social e emocional, pois, na maioria das vezes, elas se sentem isoladas por não conseguirem se comunicar com os demais.

Levando isso em consideração, é o nosso dever ajudá-los para que eles melhorem sua qualidade de vida, diminuindo os impactos negativos que a perda da audição proporciona.

 

Qual a diferença dos aparelhos auditivos internos e externos?

A principal diferença entre o aparelho auditivo retroauricular (externo) e o intra-canal (interno) é o seu posicionamento.

Os aparelhos de audição retroauriculares ficam atrás da orelha e pode ser usado tanto por adultos e idosos quanto por crianças. Eles se diferem no formato e na largura, porque precisam ficar anatomicamente bem adaptados, além disso, precisam ser leves, pois serão usados por longos períodos de tempo. Geralmente, esse modelo é indicado para perdas de grau moderado a profundo, ou seja, perda auditivas maiores. Os retroauriculares podem ser usados com moldes, tubo fino (open fit/adaptação aberta) ou receptor no canal (ric), o que vai influenciar essa escolha, é a configuração da perda auditiva.

Já os intra-canais costumam ser indicados para perdas leves a moderadamente severa, ficam completamente encaixados no conduto do ouvido, geralmente são aparelhos personalizados, ou seja, são confeccionados através do molde feito da orelha do usuário, e sua adaptação tende a ser perfeita. Cada aparelho intra-canal é único, e não tem como ser trocado de usuário. Mas agora já contamos com uma tecnologia inovadora e temos aparelhos internos com adaptação imediata, o Inox.

 

O moderno inoX é um intra canal, acompanhado da mais alta tecnologia em aparelhos auditivos,  a TruCore. Diferente dos outros aparelhos auditivos customizados, o inoX não necessita da impressão da sua orelha para ser fabricado. Ao invés disso, o inoX utiliza a confortável e inovadora sonda que possibilita uma adaptação rápida e fácil diretamente no consultório. Essa é uma maneira prática de aproveitar os benefícios desse CIC ultra discreto sem precisar esperar.

 

Pequeno, confortável e repleto de recursos. O inoX 6c CIC oferece o que tem de mais moderno em discrição e simplicidade.

Se você precisa de um fonoaudiólogo e uma avaliação da sua saúde auditiva, entre em contato com a Vida Sonora Centro Auditivo.

indicação do aparelho auditivo leva em conta uma série de fatores, como o tipo e grau da perda de audição e o estilo de vida, por exemplo.

Aparelhos Auditivos: Como Funciona, Tipos E Tecnologias!

Os aparelhos auditivos são aparelhos que revolucionaram a qualidade de vida de pessoas com problemas auditivos no mundo inteiro. É um aparelho eletrônico que funciona como um amplificador, fazendo possível com que aqueles que têm a capacidade auditiva comprometida possam ser integradas na sociedade mais facilmente.

Apesar de ser um apetrecho bastante democrático, você sabe exatamente como esses aparelhos funcionam? Essa é uma curiosidade que deve passar pela cabeça de todos que já viram uma pessoa utilizando-o.

Bem, foi para isso que criamos esse texto, assim falaremos sobre como os aparelhos auditivos funcionam e também sobre os tipos.


COMO FUNCIONAM OS APARELHOS AUDITIVOS

Se simplificarmos ao máximo essa resposta, trata-se basicamente de um microfone e um amplificador que ficam posicionados no canal auditivo do indivíduo, mas, agora vamos às minúcias do equipamento, explorando um pouco mais sobre como o som é captado por nossos aparelhos.

 

COMO NÓS CONSEGUIMOS OUVIR

O som nada mais é que uma vibração que viaja pelo ar e consegue ser captada por nossos ouvidos. Para isso, essas vibrações devem fazer uma membrana que fica na parte interior do nosso ouvido vibrar, ela é chamada de tímpano e está conectada a um conjunto de 3 ossos minúsculos.

Esses ossos (bigorna, martelo e estribo), por sua vez, transmitem o som para a cóclea que transforma as vibrações mecânicas em hidráulicas que então são captadas por células especializadas e transformadas em impulsos nervosos que viajam até o cérebro.

Podemos ver que esse não é um processo simples e qualquer mal funcionamento em algum desses itens pode prejudicar a audição do indivíduo.


OS APARELHOS AUDITIVOS

O aparelho conta com algumas peças fundamentais além das duas já mencionadas: receptor, bateria, adaptadores e chip de processamento sonoro. Daqui já conseguimos ver que não é um simples aparelho de som.

A qualidade do som está diretamente associada às especificações das partes do aparelho auditivo, quanto melhor for, a experiência do usuário será mais fidedigna a vida real, mas adentrarmos esse ponto mais a frente nesse texto.

O passo a passo é o seguinte:

(1) Os microfones captam os sons; (2) o chip de processamento sonoro analisa os sons; (3) os sons selecionados são enviados para o receptor; (4) este então são transmitidos para o indivíduo o que ajuda na captação desses impulsos que, posteriormente, serão analisados pelo cérebro, completando o ciclo da audição.


QUANDO USAR O APARELHO AUDITIVO?

O aparelho é uma indicação do otorrinolaringologista e se faz necessário para casos de surdez pelo desgaste dos componentes do aparelho auditivo, provocando assim dificuldade para que as ondas sonoras que viajam pelo ar sejam detectadas.

Pode ser necessário após situações tais como:

  • Sequelas após inflamações severas do aparelho auditivo;
  • Traumatismos que ocasionaram alteração da estrutura do ouvido;
  • Degeneração natural ou não das células responsáveis pela conversão das ondas sonoras em impulsos nervosos;
  • Tumores do canal auditivo;
  • Doenças que possam alterar as estruturas responsáveis pela captação do som, tais como otosclerose.

Esses são somente alguns exemplos de causas que podem levar um indivíduo a necessitar utilizar o aparelho auditivo, contudo, ressaltamos que a sua necessidade deve ser indicada por um profissional capacitado.

Agora que já sabemos como os aparelhos auditivos funcionam e suas indicações, vamos aos tipos de aparelhos.

 

TIPOS DE APARELHOS AUDITIVOS

Existem alguns tipos de aparelhos no mercado, alguns podem funcionar melhor do que outros ou ainda serem mais confortáveis de usar. A escolha/indicação também pode variar de acordo com a tecnologia aplicada, sendo mais caros a depender do que tem a oferecer.

  • Retroauricular: esse modelo é encaixado na parte externa da orelha e conduz o som através de um tubo fino que fica no ouvido.
  • Intracanal: é fixado diretamente no canal auditivo e é feito sobre medida, ou seja, é realizado um molde para a criação de um aparelho com suas exatas medidas.
  • Intracanal profundo: esse é o mais tecnológico dos três e é praticamente invisível quando colocado. Ele se encaixa totalmente dentro do canal auditivo, sendo ideal quando se pensa em estética.

Esses são exemplos genéricos sobre os tipos de usos, contudo, existem aparelhos que fazem uso de tecnologias como bluetooth, permitindo que sons de smartphones sejam reproduzidos no aparelho auditivo, sejam eles multimídia ou até ligações; microfones inteligentes capazes de distinguir barulhos aleatórios como passos de vozes e até mesmo direcionais que conseguem distinguir os ambientes barulhentos e ignorá-los.

 

Os aparelhos auditivos são ferramentas muito úteis na vida de quem realmente precisa deles e bastante tecnologia tem sido empregada para fazer a vida dessas pessoas cada vez melhor e próxima ao que é considerado normal.

Gostou desse artigo? Conseguirmos responder às suas questões a respeito de como aparelhos auditivos funcionam e quais os tipos que podem ser encontrados no mercado? Deixe suas dúvidas nos comentários!

Até a próxima!

Como saber se você tem perda auditiva? Primeiros sinais

De modo imperceptível ela surge, e aos poucos ela começa a prejudicar a vida das pessoas que a experimentam.

 

Ouvir e não compreender o que foi dito, inúmeros sons começam a ficar confusos. Na medida que o problema se agrava, é normal a pessoa começar a falar mais alto, pedir para que pessoas repitam o que foi dito anteriormente, o volume do telefone, da tv e das músicas começam a ser escutados em níveis bem mais altos.

Com esses acontecimentos sendo frequentes, é normal que a pessoa comece a evitar situações onde ela pode se sentir frustrada, e na medida em que o tempo passa é natural que ela comece a evitar esses momentos e venha a se isolar.

 

Por isso é importante que a pessoa esteja atenta aos sintomas gerados pela falta de audição para poder tratá-la o mais rápido possível.

 

Quando a perda auditiva aparece ela traz consigo transformações no sistema auditivo fazendo o tímpano perder a elasticidade e as articulações do ouvido médio enrijecerem influenciando na transmissão do som. Já no ouvido interno o número de sensores das células diminuem resultando em uma queda na perceção dos sons.

Abaixo listamos alguns sintomas comuns entre pessoas que têm perda de audição:

  • Você pede frequentemente as pessoas para repetirem o que disseram.
  • Costuma assistir televisão com som muito alto
  • Dificuldade ao escutar as pessoas no telefone
  • Muitas pessoas parecem estar resmungando e falando de modo incompreensível.
  • Você tem que esforçar-se muito para entender e acompanhar um diálogo.
  • As pessoas reclamam de sua falta de atenção.
  • Você tem dificuldade de acompanhar uma conversa quando várias pessoas falam ao mesmo tempo.
  • Você tem dificuldade de entender uma conversa quando há ruídos de fundo.
  • Você tem dificuldade de entender um diálogo produzido por voz feminina ou por uma criança.
  • Você está sempre na fileira da frente na sala de aula, em auditórios, em quadras esportivas e estádios, uma vez que tem que estar muito concentrado para ouvir o que está sendo dito.
  • Alguns sons aparentam estar distorcidos para você.

 

Se você sofre de três ou mais dos sintomas citados, consulte imediatamente seu médico

 

Quais são os graus de perda auditiva?

As perdas podem ser classificadas em: leves, moderadas, severas e profundas. Uma pessoa que tenha audição normal geralmente escuta sons abaixo de 25 decibéis.

Quem sofre de perda auditiva leve (de  26 a 40 dB) sofre de incapacidade de ouvir sons suaves, dificuldade em compreender a fala com clareza em ambientes com ruído.

Na perda auditiva moderada (de 41 a 70 dB),  a pessoa não consegue ouvir  sons suaves a moderadamente altos, dificuldade considerável em compreender a fala, principalmente na presença de ruído de fundo.

Já no caso da perda severa (71 a 90 dB), alguns sons altos são audíveis, mas a comunicação sem o aparelho auditivo é impossível. E na perda profunda  (acima de 91 dB) apenas alguns sons extremamente altos são audíveis, mas o aparelho auditivo é fundamental.

O tratamento da perda auditiva é muito importante, pois caso não seja feito o indivíduo pode experimentar sentimentos de frustração, embarassamento e ainda pior amargura e solidão.

 

Como é feito o diagnóstico da perda auditiva?

É preciso que a pessoa passe por uma audiometria para que seja constatado o déficit auditivo.

Fonte: National Institute on Deafness and Other Communication Disorders, NIDCD, SHHH & Hearing Loss: The Journal of Self Help for Hard of Hearing People, May/June, 2003.